sexta-feira, 11 de julho de 2014

Sempre tem uma última vez

aaaaah, ambos mudamos. Acontece! Até eu estou mudando agora, mudando a mim mesmo, mudando você. E mudanças requerem sacrifícios, chega uma hora que a gente percebe que não tem mais porque teimar com uma coisa que não tem mais futuro. É como escavar um poço seco. Acabou, muda de lugar. Muda, para não cansar. Para não desgastar. Para não entediar. E, depois de quatro anos da mesma porcaria, já estou ficando entediado. Tenho mais medo de tédio do que da morte. Ao menos por enquanto. Nada na vida é definitivo. Nem mesmo a morte. Se preferir substitua a palavra "morte" por "animação suspensa". Mas não alimente esperanças. Perdi a inspiração. Ela me virou as costas. Queria apenas amizade. Mas a inspiração nunca pode ser apenas uma amiga. Precisa ser uma amante. Tem que queimar por dentro, tirar o fôlego e tudo o mais. Se não tenho mais uma inspiração digna deste rótulo, de que adianta adiar o inevitável? Sou contra a decadência. Olha que coisa mais triste. Eu xingando e você chorando. Inverteu tudo, porra! Que motivo você pode me dar para eu mudar de idéia? Nenhum. Não adianta. Para finalmente evoluir eu preciso matar o psicopata que sou. Então é isso. Ninguém está falando em suicídio. É uma metáfora. Minha "morte" já aconteceu. Matei a maneira que eu era e hoje sou outro. Agora só falta a sua morte. O papo havia terminado. Me virei e fui embora. No terceiro passo que dei pensei em voltar ao seu lado mas vi que não tinha razão. Era definitivamente hora de ir embora. De mudar. Era uma noite feia e fria. Mas era para ser a minha noite. E eu ia aproveitá-la ao máximo. Infelizmente entrei no carro e dirigi para longe dali. Para longe daqui. MUHAHAHA